Uma temporada no inferno

Por: fabiserra

abr 03 2011

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“Jamais pratiquei o mal. Os dias me serão leves, o arrependimento me será poupado. Não terei  tido os tormentos da alma quase morta para o bem, na qual ascende a luminosidade severa como a dos círios fúnebres. O destino do filho da família, esquife prematuro coberto de límpidas lágrimas. Sem dúvida, a devassidão é estúpida, o vício é idiota; é preciso jogar fora a podridão. Mas o relógio não terá chegado a tocar senão a hora da dor pura! Serei suspenso como uma criança, para brincar no paraíso, esquecido de todas as desgraças! Depressa! Existem outras vidas? – O sono entre riquezas é impossível. Só o amor divino outorga as chaves da ciência. Vejo que a natureza não passa de um espetáculo de bondade. Adeus quimeras, idéias, erros.”

Rimbaud

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